R7 - A presidente
Dilma Rousseff disse neste domingo (7) que o ministro Joaquim Levy (Fazenda)
não pode ser transformado em um "Judas" por causa das medidas
impopulares do ajuste fiscal. Trata-se de uma defesa prévia das críticas contra
o titular da Fazenda que o PT planeja lançar a partir de quinta-feira (11), ao
promover o 5º Congresso do partido, em Salvador.
— Não se pode
fazer isso, criar um Judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada
de resolver o problema.
A afirmação foi
feita por Dilma em um café da manhã após pedalar por 45 minutos nas redondezas
do Palácio da Alvorada com a reportagem do jornal.
Na conversa, a
presidente tratou de temas em debate no Congresso como a revisão da desoneração
da folha salarial de setores econômicos e a terceirização. Segundo Dilma, a
desoneração "é fundamental para o País porque reduz perdas fiscais".
A presidente disse não ser contra a terceirização, mas que é necessário ter
cuidado para que ela não aumente a informalidade no mercado de trabalho.
Afirmou, ainda, que não há crise entre o Planalto e o Congresso.
Questionada
sobre o escândalo da Petrobras, Dilma disse que a estatal virou a página na
crise e recuperou a capacidade de produzir. A presidente afirmou ser contra a
redução da maioridade penal, assunto que também está na pauta do Congresso.
— Eu não sou a
favor por um motivo muito simples: onde ocorreu, ficou claro que isso não resultava
em proteção aos jovens.
Dilma também fez
comentários sobre o escândalo de corrupção que atingiu a Fifa. Para a presidente,
"quem tiver de ser punido, que seja". Ela afirmou, porém, não
acreditar que as denúncias cheguem ao evento realizado no Brasil. "Não
precisamos pagar ninguém para trazer a Copa para cá", afirmou.
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