O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), anunciou nesta sexta-feira (17) o rompimento político de suas
relações com o governo de Dilma Rousseff (PT). O anúncio foi feito um dia após
vir público o depoimento do consultor da Júlio Camargo à Justiça Federal
do
Paraná, no âmbito da operação Lava Jato, no qual ele afirma ter pago US$ 5
milhões em propina a Cunha. O presidente da Câmara nega as acusações.
do
Paraná, no âmbito da operação Lava Jato, no qual ele afirma ter pago US$ 5
milhões em propina a Cunha. O presidente da Câmara nega as acusações.
Cunha é do PMDB, partido do vice-presidente Michel
Temer e uma das legendas que integram a base aliada. No entanto, as relações
entre o chefe da Câmara e o governo Dilma já estão tensas desde que o
peemedebista tomou posse como presidente da Câmara, em fevereiro. O PMDB, em nota,
disse que a decisão de Cunha é "pessoal".
"Estou oficialmente rompido com o governo a
partir de hoje", declarou durante entrevista coletiva na Câmara. Ele disse
ainda que irá pregar no congresso do PMDB, que deve ocorrer em setembro, a
saída do partido da base aliada do governo. "Teremos a seriedade que o
cargo ocupa. Porém, o presidente da Câmara é oposição ao governo", disse.
"Eu vou pregar no congresso do PMDB, em setembro,
que o PMDB rompa com o governo. Saia do governo. E eu, a partir de hoje, me
considero em rompimento pessoal com o governo. Não há possibilidade de eu, como
deputado do PMDB, que o meu partido faça parte de um governo que quer arrastar para
a lama dele todos aqueles que podem por ventura, na sua associação, ajudar
a protegê-los", disse Cunha. Ele estava acompanhado do deputado André
Moura (PSC-SE) durante a entrevista.
a lama dele todos aqueles que podem por ventura, na sua associação, ajudar
a protegê-los", disse Cunha. Ele estava acompanhado do deputado André
Moura (PSC-SE) durante a entrevista.
O presidente da Câmara acusou o PT de estar envolvido
na "lama" de corrupção na Petrobras. "Essa lama em que está
envolvida a corrupção da Petrobras, cujos tesoureiros do PT estão presos, eu não
vou aceitar estar junto dela".
Cunha criticou o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal
do Paraná, que conduziu o depoimento prestado por Júlio Camargo no qual o
consultor afirmou ter pago US$ 5 milhões em propina a Cunha. Segundo Cunha, por ter foro privilegiado, ele
não poderia ser alvo de um processo tramitando em primeira instância. Para o
presidente da Câmara, Moro acha que é o "dono do país".
"O juiz violou o procedimento do qual eu tenho
foro privilegiado. Quanto a isso, meus advogados vão entrar com uma reclamação
junto ao STF, para que o processo na medida em que eu fui citado seja avocado e
venha para o STF e não fique mais debaixo de um juiz que acha que é dono do
país que acha que é dono de todas as instâncias. Ele acha que o STF e o STJ se mudaram
para Curitiba. Ele quer fazer o papel de todos", criticou Cunha.
Críticas
ao PT
Cunha afirmou ainda, na entrevista, que as ações do
Ministério Público Federal
seriam "orquestradas" pelo governo.
seriam "orquestradas" pelo governo.
UOL NOTÍCIAS POLITÍCA

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