As cidades do
Maranhão serão penalizadas com a perda de R$ 34 milhões que deveriam ser
depositados, no dia 10 deste mês (sexta-feira), pelo Governo Federal nas contas
das prefeituras, referentes ao aumento de 0,5% do Fundo de Participação dos
Municípios, conquista obtida por prefeitos e prefeitas, ano passado, durante a
XVII Marcha à Brasília em Defesa dos Municípios.
A informação foi
divulgada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e comunicada na
terça-feira (07) à Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM).
Em 2014, durante
o evento municipalista, ficou acordado com o Governo Federal, tendo sido
aprovado pelo Congresso Nacional, o aumento de 1% do FPM dividido,
inicialmente, em duas partes – 0,5% em 2015 e 0,5% em 2016.
A promulgação da
Emenda Constitucional 84, que disciplinou o acordo, ocorreu em dezembro do ano
passado e, desde então, prefeitos e prefeitas aguardam o repasse visando
amenizar a crise financeira pela qual passam todas as cidades brasileiras –
somente no primeiro semestre deste ano, de acordo com levantamento divulgado
recentemente pela FAMEM, os municípios maranhenses foram prejudicados com a
perda de cerca de R$ 38 milhões do FPM.
A Emenda alterou
o artigo 159 da Constituição e elevou de 23,5% para 24,5% a composição do
Fundo.
A proposta
inicial era de que o primeiro repasse de 0,5% seria feito sobre o total da
arrecadação dos dois tributos que compõem o FPM (Imposto de Renda e Imposto
Sobre Produtos Industrializados) e levando em consideração o período de junho
de 2014 a junho de 2015. Portanto, com base nesse acordo, o Governo Federal
repassaria aos municípios brasileiros R$ 1,9 bilhão, sendo que as cidades
maranhenses seriam beneficiadas com cerca de R$ 68 milhões.
No entanto, o
Governo, ao enviar a proposta ao Congresso, alterou a redação do artigo 3º da
Emenda, reduzindo a base de cálculo de doze para seis meses, acarretando um
déficit de 50% do valor acordado – R$ 954 milhões a nível de Brasil e R$ 34
milhões a nível de Maranhão.
Medidas – O
presidente da FAMEM, prefeito Gil Cutrim (São José de Ribamar), esteve em
Brasília, esta semana, conversando com dirigentes da CNM e de outras entidades
municipalistas.
Eles enviaram ao
Governo Federal ofício solicitando audiência, em caráter de urgência, com os
ministros da Fazenda e da Casa Civil, pedido este que, até esta terça-feira,
não havia sido atendido.
Os dirigentes
municipalistas, como forma de evitar a penalização dos municípios com o
descumprimento do acordo, defendem que o restante do repasse seja depositado em
forma de Apoio Financeiro Aos Municípios (AFM), como já realizado em anos
anteriores pela União.
INFORMAÇÕES – ASSCOM FAMEM
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