"Hoje, aqui, aprendemos a jogar futebol", disse
Neymar em 18 de dezembro de 2011, há exatos quatro anos, logo depois da final
do Mundial de Clubes, em Yokohoma, no Japão. O Santos tinha sido atropelado
pelo Barcelona por 4 a 0. Foi uma aula. Em sua segunda tentativa, agora do lado
dos professores, finalmente Neymar pôde erguer sua primeira taça mundial. Dias
antes da final deste domingo, com a vitória do Barça contra o argentino River
Plate, por 3 x 0, Messi, o mestre, deu uma mão a Neymar. "Naquela época,
ele já era realmente um grande jogador e agora está ainda melhor. Ficou muito
mais completo. Sinceramente, é um prazer e um privilégio ter ele ao nosso lado
agora", disse o melhor do mundo. Privilégio, a rigor, é ter Messi ao lado.
O primeiro gol contra o River foi mais uma obra-prima do camisa 10. Depois de
uma enfiada de bola área, feita por Neymar, a bola parecia escapar ao
argentino, que bateu de peito de pé, sem força, com jeito.
A vitória do Barcelona contra o River Plate é mais uma constatação
do domínio do futebol europeu ante o sul-americano. O primeiro marco foi a
derrota do Santos, o 4 x 0 de 2011. O segundo, incontornável, foi o 7 x 1 de
2014, uma jornada para não se esquecer. No atual formato, o Mundial de Clubes é
disputado desde 2005. Foram oito vitórias europeias contra três sul-americanas,
com São Paulo, Internacional e Corinthians. Não chega a ser um 7 x 1, mas é
placar suficiente para mostrar que já não basta a romântica, e definitivamente
inexistente, arte de argentinos e brasileiros com a bola nos pés. Aliás, vale
sim. O problema é que os dois maiores, Messi e Neymar, além do uruguaio Luiz
Suárez(dois gols na final de hoje pela manhã, melhor jogado do torneio),
cruzaram o Atlântico.
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