Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Luís, São Bento, Palmeirândia, Pinheiro e Turilândia.
SÃO LUÍS/MA - A Polícia
Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, a Operação Vínculos, que tem como
objetivo reprimir organização criminosa responsável pela prática de crimes
previdenciários que poderiam causar prejuízo de R$ 12 milhões ao INSS no Maranhão.
Cerca de 75 (setenta e
cinco) policiais federais e dois servidores da área de inteligência do
Ministério do Trabalho e Previdência Social cumprem 32 mandados judiciais,
sendo 9 de prisão temporária, 19 de busca e apreensão e quatro de condução
coercitiva. Também houve determinação judicial para que o INSS suspenda o
pagamento de 11 benefícios de pensão por morte, bem como a proibição de
servidor da autarquia previdenciária frequentar o ambiente de trabalho, além da
determinação do afastamento das funções públicas pelo prazo de 90 (noventa)
dias. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Luís, São Bento,
Palmeirândia, Pinheiro e Turilândia, todas no Estado do Maranhão.
As investigações, iniciadas
no ano de 2015, levaram à identificação de um esquema criminoso com atuação
desde 2010, responsável pela concessão de benefícios de pensão por morte
fraudulentos. Os instituidores e, em alguns casos, o próprio titular, eram
pessoas fictícias, criadas virtualmente através da falsificação de documentos públicos.
Os vínculos empregatícios inexistentes do instituidor eram implantados no
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) junto à Prefeitura Municipal de
São Bento/MA, com salários de contribuição no teto previdenciário, sendo
transmitidos através de Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à
Previdência Social (GFIP) irregulares.
O esquema criminoso contava
com a participação do ex-Prefeito do Município de São Bento/MA, contadores, um
advogado especializado em causas previdenciárias, um ex-funcionário do Cartório
de Palmeirândia, um servidor do INSS e intermediários.
O prejuízo inicialmente
identificado aproxima-se de R$ 1,5 milhão. O valor do prejuízo evitado com a
conseqüente suspensão desses benefícios, levando-se em consideração a expectativa
de sobrevida média da população brasileira, é de R$ 12 milhões.
Os envolvidos foram
indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados
falsos, associação criminosa e falsidade ideológica, cujas penas máximas
acumuladas podem chegar a 24 (vinte e quatro) anos de prisão, sem prejuízo de
outras infrações penais que forem identificadas após a deflagração, como
lavagem de capitais e organização criminosa.
O resultado desse trabalho é
fruto da Força-Tarefa Previdenciária composta pela Polícia Federal, Ministério
do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal, visando combater
crimes contra a Previdência Social.
A Operação foi denominada
Vínculos em alusão tanto ao esquema criminoso que agia na implantação de
vínculos empregatícios irregulares no CNIS, quanto pelo relacionamento
comprovado entre os membros da associação criminosa.
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