A presidente Dilma Rousseff
foi notificada sobre a eleição da comissão especial destinada a apurar o pedido
de impeachment acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) no dia 2 de dezembro do ano passado.
O primeiro-secretário da
Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP), entregou o aviso acompanhado da mensagem
de Cunha ao subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Governo da
Presidência da República, Danilo Gennari de Souza, às 18h05.
Após o recebimento do aviso,
inicia-se o prazo de dez sessões ordinárias da Câmara para que a presidenta
apresente a sua defesa por escrito. Segundo a mensagem recebida, o período de
defesa começa a contar a partir de amanhã (18), “findando o prazo às 19h do dia
em que ocorrer a décima sessão.”
A comissão - que tem como
objetivo emitir um parecer sobre a denúncia de crime de responsabilidade
formulada contra a presidenta pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior
e Janaína Paschoal-, foi aprovada na tarde dessa quinta-feira (17) por 433 votos
favoráveis e um contrário à chapa com os 65 nomes titulares e os respectivos
suplentes indicados pelos líderes partidários.
Início do processo
A primeira sessão ordinária
ou extraordinária que vai começar a valer no prazo pode ocorrer nesta sexta-feira
(18). De acordo com o deputado, foram entregues os 15 volumes de documentos
relativos ao processo, mais a notificação, que foi assinada e datada para que o
período comece a contar.
Beto Mansur chegou ao
Planalto acompanhado por dois funcionários carregando os papeis. Os 14
primeiros volumes contêm o pedido formulado pelo jurista Hélio Bicudo. A
delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) está no 15ª
volume. "Na verdade o processo de impeachment começa aqui [com a
notificação]. Você teve a votação da comissão, montou-se a comissão e a
presidente da República é notificada a partir da montagem da comissão",
disse.
A notificação está
nominalmente endereçada ao ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini,
e contém mensagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, comunicando Dilma da
decisão.
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