A oportunidade do primeiro
emprego faz parte do desejo de muitos jovens brasileiros.
E essa conquista tem sido
possibilitada por meio da aprendizagem profissional que, além de permitir a
inserção no mercado de trabalho, promove a capacitação necessária para atender
à demanda das empresas.
Ano passado, para incentivar
que as micro e pequenas empresas ampliem a contratação aprendizes, a presidenta
Dilma Rousseff lançou o Pronatec Aprendiz.
Por meio do programa, adolescentes
e jovens entre 15 e 24 anos em situação de vulnerabilidade social, recebem a
qualificação profissional, com acompanhamento socioassistencial. E a alta
qualidade dos cursos, prestados pelas instituições federais de ensino e Sistema
“S” (Sebrae, Senai, Senac, Senar e Senat), permite aos empresários ter a
tranqüilidade de contratar um jovem capacitado e com vontade de crescer.
Em Arapiraca (AL), o
problema da qualificação era um entrave. “Não tínhamos profissionais
capacitados na área de vestuário e confecção e acabávamos terceirizando os
serviços”, afirma a empresária Maria das Graças Oliveira Silva. Desde 2005, ela
confecciona uniformes profissionais para hospitais, hotéis, restaurantes e
outras empresas. “Precisamos de mão de obra qualificada e os jovens se
qualificando não vão ficar desempregados. O programa é uma grande oportunidade
tanto para as empresas como para os jovens.”
Atualmente, a Universidade
Federal de Alagoa s (UFAL) realiza três cursos do Pronatec Aprendiz, todos
atendendo a demandas das empresas da região. No mês passado, o Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) articulou reunião com
as empresas para que as instituições que oferecem os cursos pudessem apresentar
a programação e mostrar os benefícios em se contratar um jovem aprendiz. Os
cursos são divididos em três módulos e desde o primeiro módulo os alunos já
podem ser incorporados às empresas.
“No dia seguinte, alguns
empresários foram ao centro de capacitação onde executamos os cursos e se
interessaram em contratar os aprendizes”, conta a coordenadora geral do
Pronatec da Escola Técnica de Artes da UFAL, Marilda Melo. Marilda explica o
papel da assistência social no processo que, além de fazer a divulgação dos
cursos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), também é
responsável pela realização da pré-matrícula dos alunos. “Eles captam a
demanda, nos encaminham e confirmamos a matrícula.”
E foi por meio do programa
que Steffanny Lima, 18 anos, conseguiu seu primeiro emprego na confecção de
Maria das Graças. Em janeiro, ela iniciou o curso de Costureiro de Máquina Reta
e Overloque, oferecido pela UFAL.
E ainda no primeiro módulo,
o de costura, já conquistou o tão sonhado primeiro emprego. “Sempre quis fazer
um curso pelo Pronatec, mas nunca imaginava que por meio dele conseguiria meu
primeiro emprego”, diz. “Na empresa, posso aliar o que aprendo no curso com a
prática. Espero concluir e ser contratada de vez.”
A contratação esperada por
Steffanny pode acontecer ao final dos dois anos de curso, com carga horária
total de 480 horas. Ela ainda deve concluir os módulos de modelagem e cortador
industrial. Mas a empresária Maria das Graças adianta que vê na alu na uma
promissora profissional.
“Ela é uma esperança do que
o país necessita, que são profissionais qualificados. Steffanny está dando o
primeiro passo e tenho certeza que, se conseguir captar tudo aquilo que será
passado, será uma grande profissional.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário